O meu pai morreu
quando eu tinha dois anos, deixando a minha mãe e três outros irmãos na
mais vil pobreza durante a maior parte da minha primeira infância. Eu
era o caçula e não tive orientação masculina na adolescência e na maior
parte da vida. O meu treinamento profissional em construção foi um desastre.
Tendo sido excluído logo no primeiro ano, eu passei muitos anos com um
grave complexo de inferioridade. Assim que concluí o meu segundo treinamento,
inaugurei firma própria aos dezenove anos de idade.
Embora fosse
um homem bom, o meu pai era um fracasso nos negócios e deixou a família
com tantas dívidas que eu sentia a necessidade de provar que o filho conseguiria
realizar aquilo que o pai foi incapaz de fazer. A raiva pelo meu pai por
seus insucessos tomou conta de mim nos 36 anos seguintes. Casado aos 22
e pai de cinco filhos maravilhosos, eu prossegui na luta implacável pela
fama e fortuna em diversas atividades. O estresse causado por essa luta
incansável me levou a dois colapsos nervosos, um aos 28 anos e outro,
aos quarenta.
Na
infância e na juventude, eu tinha muito ódio do meu pai, dos meus irmãos
e da minha irmã. Costumava culpá-los pelas dificuldades financeiras que
tivemos de enfrentar com a morte do meu pai. Nós vivíamos brigando e nos
agarrando por causa do fracasso do meu pai na economia e nos negócios.
A raiva, a agressão e a violência passaram a ser o meu comportamento normal
desde a infância e continuaram na vida adulta.
As minhas palavras
ríspidas, o meu péssimo humor, o meu orgulho e o meu complexo de inferioridade
causavam muito sofrimento à minha família e a mim mesmo. Aos 28 anos,
tive um leve colapso nevoso em virtude da depressão e da falência.
O colapso me
obrigou a mudar de carreira e recomeçar. Com a atitude de um trabalhador
compulsivo, passei os cinco anos seguintes trabalhando e estudando. Bem-sucedido
e muito elogiado como corretor imobiliário e gerente comercial, formei-me
em Administração de Empresas. Promovido logo depois, fui o mais jovem
gerente-geral de uma imobiliária aos 32 anos de idade.
Esse período
de cinco anos, entre os 28 e os 32, foi de muito sucesso na minha vida.
No entanto, tendo alcançado fama e fortuna, eu me deixei dominar pelo
egoísmo. Todos os venenos do espírito retornaram como uma vingança, particularmente,
a ganância e a desconfiança. Esse foi o início da minha queda em espiral.
Eu nunca ficava
satisfeito, não fazia outra coisa senão planejar novos artifícios nos
negócios e, ao mesmo tempo, comecei a me descuidar da família. O sofrimento
não tardou a se manifestar e a dominar cada vez mais a minha existência,
tanto que, seis anos depois, aos quarenta anos de idade, eu tive um grave
colapso nervoso. Continuei mais cinco anos na minha decadência até que
em 2007, sofri um fortíssimo colapso nervoso pela terceira vez na vida.
A minha atividade
profissional foi por água abaixo. O meu casamento acabou depois de 33
anos, e o meu relacionamento com os membros da minha família chegou ao
fundo do poço. O abuso do álcool e das drogas alcançou novos patamares.
As amizades que preferi manter estavam longe de ser ideais, pois eu procurava
amigos que tivessem afinidade com o meu procedimento negativo, raivoso
e às vezes, violento. Ao me separar da minha mulher, praticamente preso
a uma cadeira de rodas, vivendo do seguro-desemprego e bebendo muito,
eu comecei a ter tendências suicidas.
Um
dia, meu filho me telefonou pedindo para que não arrastasse o resto da
família ao abismo na qual eu estava me dirigindo, caso eu estivesse satisfeito
com o caminho da autodestruição. No dia seguinte, prostrado na cama, fui
obrigado a analisar minha vida e a refletir sobre ela. Perguntei a mim
mesmo: “Por que isso tudo está acontecendo comigo? Eu sempre fui um bom
provedor, não? Sempre fui bom pai e bom marido, não? Por que estou sofrendo
tanto? Por que ninguém mais gosta de mim? Por que Deus me abandonou?”
Era urgente encontrar a resposta, caso contrário o pressentimento do meu
filho se realizaria e eu acabaria perdendo tudo que tinha de valor. Sempre
fui pregador da automotivação nas realizações de outrora, isso me deixava
desesperado para deter a minha decadência.
Os médicos,
psiquiatras, especialistas e o álcool e as drogas não conseguiam resolver
os meus problemas, nem o meu estado de espírito. Eu percebi que precisava
encontrar outra solução. Sempre tinha tido interesse pela filosofia budista,
por isso, fui à biblioteca do bairro e tomei emprestada A Essência de
Buda, do mestre Ryuho Okawa. Esse livro, que explicava a doutrina budista
num texto moderno, simples e de leitura fácil, deu respostas ao meu sofrimento.
Eu me informei sobre “os Quatro Sofrimentos da vida” e sobre “as Quatro
Nobres Verdades” e me dei conta de que estava vivendo uma ilusão. Aprendi
que este não é o Mundo Real.
Depois percebi
que precisava praticar essa doutrina para eliminar o sofrimento e tomei
emprestado o livro do mestre Okawa, As Leis Douradas. Foi o ponto decisivo
para mim. Eu senti que havia descoberto um tesouro, literalmente. Esses
livros pareciam ter sido colocados nas bibliotecas por um Anjo de Luz
da Happy Science. A euforia que senti é indescritível e só se compara
a um despertar de proporções copernicanas. Chorando muito, senti que a
vida toda eu conhecia aquelas verdades adormecidas. E soube, imediatamente,
o que devia fazer. Detectar as causas do meu sofrimento fez com que me
sentisse exaltado e, agora, ficasse ansioso por descobrir mais, a fim
de me livrar daquelas forças negativas e transformar a minha vida.
Quando esgotei
todos os livros do mestre Okawa nas bibliotecas da cidade, entrei em contato
com a Happy Science através dos números de telefone nos livros e na sua
página da web. Fui convidado a uma reunião dominical e, no mesmo dia,
passei a ser membro efetivo. Isso foi muito oportuno, pois um mês depois,
tive a felicidade de assistir uma palestra ao vivo do mestre Okawa, em
Sidney 1, sua primeira visita à Austrália. Aquele foi o melhor dia da
minha vida.
Essa ocasião
fortaleceu o meu despertar para os ensinamentos do mestre Okawa, assim
como a orientação que recebi do monge, que me nutriu durante essa fase
dificílima da minha vida, levandome ao estudo da Verdade e à prática da
doutrina da auto-reflexão e da meditação. Essa prática permitiu uma melhor
compreensão do meu sofrimento. Eu encontrei as respostas que precisava
para transformar a minha vida. Em particular, descobri a principal fonte
do ódio que me dominava. Embora, às vezes a duras penas, refletindo sobre
a minha vida desde os quatro anos de idade até o presente, percebi que
a raiva provinha da aversão que eu cultivava pelo meu falecido pai e de
toda uma existência de ódio ao meu irmão, do qual havia me afastado. Resolvi
visitar o túmulo do meu pai. Orei e chorei e fiquei com o coração repleto
de perdão.
Depois, voltando
para casa, telefonei imediatamente para o meu irmão, fiz as pazes com
ele e o perdoei. Liguei para o meu outro irmão, que eu havia magoado com
o meu ódio e as minhas palavras rudes, e lhe pedi perdão. Houve mais confissões.
Eu precisava me reconciliar com a minha esposa e a minha família. Também
lhes pedi perdão pelas mágoas que causara. Pouco a pouco, eles aceitaram
o meu pedido de desculpas. Senti algumas das feridas que causei cicatrizarem
gradualmente e o perdão tomar o lugar do rancor e do ódio. Fazendo as
pazes com aqueles que eu havia ofendido, finalmente, fiz as pazes comigo
mesmo.
Percebi que,
para alcançar a verdadeira felicidade, eu precisava mudar radicalmente
o meu modo de pensar e levar à prática a doutrina do mestre Okawa. Graças
aos seus livros, como Pensamento Vencedor e Curando a Si Mesmo, consegui
curar a minha depressão clínica e já não preciso tomar remédio. Também
sarei da insônia crônica de 26 anos, substituindo os comprimidos para
dormir e o álcool, pela autorreflexão e meditação noturna e, pela recitação
dos meus três livros de orações da Happy Science. Através da meditação
e do pensamento positivo, reduzi a dor nas costas e nas pernas, tanto
que voltei a trabalhar, agora como pedreiro autônomo. Abri um pequeno
negócio, no qual sou o patrão e o único empregado, e tenho uma boa renda.
Atualmente, nos fins de semana, passo o tempo livre com a minha família
e frequento o cerimonial religioso da Happy Science. Levo uma vida simples
de família e estudo, livre de apegos, sem o excesso de bens materiais
que tanto tempo e energia me custavam para obter e conservar.
A
minha raiva diminuiu muito. Uma calma e uma felicidade eufórica envolveram
todo o meu ser, dando-me segurança e a certeza de que agora sou capaz
de superar qualquer obstáculo que surgir à minha frente. Por fim, posso
amar o meu verdadeiro eu. Acredito que a minha verdadeira natureza de
Buda está emergindo e que a minha vida só tem a melhorar.
A culpa e o
ódio com que passei lutando tantos anos estão desaparecendo. Com fé no
Senhor El Cantare, jurei passar o resto da vida tentando sanar a dor que
causei, praticando a doutrina do “amor que se doa” do mestre Okawa. Agora
a minha esposa e família, a minha família ampliada, os novos amigos, os
parceiros de negócios e todos os outros, me procuram e já não me evitam
como no passado.
Com a minha
mulher, reconstruí um lar adorável e reavivei o amor que tínhamos quando
éramos casados. Recentemente, nós renovamos os nossos votos matrimoniais.
Essa mudança afetou toda a família e a minha microempresa prospera. A
minha esposa foi muito influenciada pelos benefícios da doutrina do mestre
Okawa. Agora ela lê regularmente muitos livros dele, frequenta a sessão
de orações, assiste aos filmes e, isso tudo alterou muito o seu estado
de espírito. Nós desfrutamos o nosso lar com a nossa família, assim como
o nosso compromisso com esta vida e a próxima.
Em seis meses,
eu li todos os livros do mestre Okawa traduzidos para o inglês, também
participei de seminários e assisti às muitas palestras do mestre Okawa.
Estou esperando com ansiedade seu novo livro ser traduzido para o inglês.
No futuro, espero ser um palestrante da Happy Science para transmitir
a todos a minha experiência e conhecimento.
Agradeço ao
mestre Okawa e à Happy Science, a chance de ter me despertado para a Verdade.
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