Repentinamente
Diabético aos Trinta Anos
Eu
morava em Phoenix, Arizona, quando minha vida sofreu uma grande mudança.
Comecei a emagrecer rapidamente; não dormia, sentia sede o tempo todo;
a pele de minhas mãos passou a descamar; meu cabelo, a cair. Depois de
algum tempo, eu estava tão doente que dormia quase vinte horas por dia.
Era difícil trabalhar, difícil ir à escola – tudo era difícil.
Eu sabia que
o problema era grave porque foi instantâneo. Perdi 28 quilos em dois meses.
Minha família achou melhor eu me mudar para a Flórida para ficar mais
perto deles. Sem ter parentes no Arizona, se me acontecesse alguma coisa
mais séria, não havia quem tomasse decisões por mim. Quando cheguei à
Flórida, eu estava muito doente e magérrimo, meu coração palpitava. Não
suportava o calor, até a luz do dia me incomodava.
Por
fim, fui ao médico, que diagnosticou diabetes tipo 1. Achei estranho,
pois eu sempre tivera boa saúde: corria de seis a oito quilômetros por
dia, comia bem, e não havia histórico de diabetes tipo 1 em minha família.
Além disso, geralmente a diabetes tipo 1 costuma ser diagnosticada em
crianças. Eu já tinha trinta anos quando detectaram a doença.
A Rotina que Curou
Não
fiquei deprimido, mas como sempre tinha sido saudável, aquilo foi uma
novidade para mim. Mudei muito de aparência com a perda do cabelo, as
mãos descamadas e a pele tão fina, desnutrida e com cicatrizes nos lugares
em que a pele se rasgava. Yoko, a chefe de minha mãe, frequenta o culto
da Happy Science em Tampa, cidade para a qual me mudei. Eu não a conhecia,
mas, conversando com minha mãe, ela disse: "Por que você não leva seu
filho à Happy Science e vê o que se pode fazer?" Nessa época, eu estava
tão mal que não tinha força nem para me levantar da cama, mesmo assim,
concordei em ir.
Foi
difícil sair de casa, mas decidi ir à reunião. Reconheço que fiquei um
pouco desconfiado ao ouvir o nome "Happy Science". Quando cheguei, as
pessoas foram afetuosas e sinceras. Em nenhum momento fizeram com que
me sentisse doente. Fui tratado como qualquer outro. Fiquei muito inibido
por causa da minha aparência, estava tão magro e parecia um bobo entrando
lá. No entanto, eles me acolheram imediatamente e não me forçaram a nada.
A única coisa que me pediram foi para abrir o coração.
Naquele dia,
fiz uma meditação com eles. Eu já tinha o hábito de meditar, mas fiquei
impressionado com o tanto que se pode progredir com a meditação na Happy
Science. Quando decidi ingressar, recebi os livros de preces*.
Estava passando tão mal que tinha dificuldade para sair da cama, mas me
impus a rotina de me levantar, injetar a insulina, sentar-me e fazer as
preces. Uma a uma, eu lia as orações nos dois livros até chegar ao fim,
então voltava imediatamente para a cama. Apesar do cansaço e do mal-estar,
toda manhã e toda noite, eu me obrigava a sair da cama, sentar e fazer
as preces.
A Saúde Recuperada
em Apenas Dois Meses
Aos
dom ingos, continuei frequenta ndo as reuniões, as preces e a meditação
no templo da Happy Science. Quando fui ao médico, ele disse: "Você já
devia ter entrado em coma diabético. Não sei como está aqui na minha frente."
Meu nível de glicose era tão alto que nem o aparelho o registrava. Este
chega até 600, e o nível de glicose costuma ser de 120. Foi quando eu
entendi que m inha vida tinha mudado.
Entendi que
quase perdera a vida, por isso me sentei e reavaliei o que era realmente
fundamental para mim: as pessoas a que eu dava importância, minhas filosofias,
minhas ideias, as coisas verdadeiramente importantes na vida quando a
gente esteve a ponto de perdê-la. A diabetes também afeta a vista e, às
vezes, eu não conseguia enxergar direito, mas me empenhei em ler cada
palavra dos dois livros de preces toda manhã e toda noite antes de ir
para a cama. Acredito que essa rotina me fortaleceu. Em poucos meses,
recuperei parte do peso e meu cabelo ficou mais denso. O médico me disse
que eu podia par ticipar de uma maratona se quisesse, pois estava muito
bem de saúde.
Descobrindo a
Arte da Felicidade
É
muito comum a pessoa entrar em depressão quando adoece, mas se ela mudar
de perspectiva e focar algo como os livros de preces, as meditações, escutar
as palestras do Mestre Okawa ou pensar no amor, na família, na coragem,
seu espírito se revigora, coisa que, por sua vez, robustece o corpo. A
insulina também ajudou muito, mas creio que o fortalecimento de meu espírito
foi o que mais contribuiu para que meu corpo reagisse. Eu não queria tomar
tanto remédio. É provável que fosse melhor tomá-lo, mas não foi preciso.
O afeto e a luz das pessoas orando e meditando comigo, na Happy Science,
auxiliaram muito a estabilização de minha saúde. Sei que sempre serei
diabético, mas em vez de ser controlado pela doença, eu a controlo. Na
maior parte dos dias, nem chego a sentir que tenho diabetes porque estou
muito melhor. Foi instantâneo. Eu estabilizei a saúde poucos meses depois
de entrar na Happy Science.
Seu
coração é mais forte do que você imagina. Estou aprendendo o quanto o
coração afeta todo o seu ser, a sua vida, as pessoas próximas e as escolhas
que você faz. Se você adoecer ou receber a notícia de uma doença, uma
morte ou outra coisa terrível, não precisa mergulhar na autocomiseração
e se enfurnar em um canto escuro, entregue à depressão. Isso só serve
para acelerar o monstro daquilo que você está vivendo. Meditar é aprofundar-se
em si mesmo para ser capaz de dar aos outros, independentemente da sua
situação atual. Esse tipo de atitude afeta não só a saúde como todos os
outros aspectos da vida, inclusive as relações. Combine isso com luz e
compreensão, e você terá uma ferramenta poderosa para vencer qualquer
adversidade na vida.
Obviamente,
a doutrina da Happy Science agora está em mais de seiscentos livros; você
os deve ler e estudar um a um, mas, na essência, creio que a mensagem
é muito simples: ser bom e ser feliz. Eu estou convencido de que foi isso
que me curou.
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