Em 2001, logo
depois de me formar, eu havia ingressado no ramo de compra e processamento
de feijão a ser exportado para Bangladesh. Era um excelente negócio, e
eu não tardei a expandi-lo construindo uma segunda fábrica em 2002, a
terceira em 2003 e a quarta em 2004. O gráfico de vendas apresentava uma
curva ascendente constante.
Em 2001, logo
depois de me formar, eu havia ingressado no ramo de compra e processamento
de feijão a ser exportado para Bangladesh. Era um excelente negócio, e
eu não tardei a expandi-lo construindo uma segunda fábrica em 2002, a
terceira em 2003 e a quarta em 2004. O gráfico de vendas apresentava uma
curva ascendente constante.
Mas a minha
sorte mudou muito em 2005. Em junho, meu comprador atrasou o pagamento.
Achei que o problema não fosse durar muito, que em breve ele faria o pagamento
como de costume. Aguardei, mas, agosto chegou ao fim e nada aconteceu.
O atraso me impedia de pagar meus fornecedores e empregados. Sem poder
esperar mais, tratei de viajar a Bangladesh para conversar diretamente
com o comprador.
Ao chegar,
encontrei um escritório deserto, abandonado fazia muito tempo. Incrédulo
e perplexo, eu quase desabei, foi como levar uma marretada na cabeça.
E ainda estava atordoado quando retornei para dar a notícia terrível que
eu mesmo não conseguira aceitar.
“O dinheiro
não vai entrar nunca mais...”.
No momento em que pronunciei essas palavras, a emoção me dominou e eu
caí no chão, chorando.
Os meus familiares
fizeram o possível para me animar e mitigar a minha dor. “A final, não
foi no jogo que você perdeu dinheiro. O seu trabalho era honesto. Você
sempre poderá tentar outra vez”, disseram. Mas, para saldar as minhas
dívidas, fui obrigado a vender todas as fábricas e a dispensar todos os
empregados. Suas palavras amáveis de nada ser viram para impedir a drástica
mudança no meu estilo de vida quando passei de empresário a desempregado,
a nossa refeição se reduziu a uma por dia, eu tive de tirar meus filhos
da escola e de cancelar o casamento da minha irmã caçula. O pior era pensar
na situação de meus ex-empregados e suas famílias. O remorso, o desespero
e a autocensura me dilaceravam o coração, e eu não cessava de lhes pedir
perdão em silêncio. Sem energia nem vontade de fazer o que quer que fosse,
não demorei a adoecer; uma febre alta fez-me passar dois meses de cama.
Mesmo depois de melhorar e deixar o leito, continuei mergulhado na depressão
e passava dias e dias sem conseguir falar com absolutamente ninguém.
Partindo
para um Recomeço
Mas
eu tinha uma família para sustentar. Com muito esforço,
arranjei emprego em um hotel de Bodh Gaya que, aliás, era administrado
por uma missionária voluntária da Happy Science, Yuki Inoue,
e seu marido, Sudama Kumar.
A Sra. Inoue
foi uma grande amiga desde o primeiro dia. Sentindo que podia confiar
nela, comecei, pouco a pouco, a lhe falar sobre minha família,
sobre minha empresa e no remorso que eu continuava sentindo. Ela me ouviu
com atenção. Depois me falou sobre sua fé.
"Desde
o tempo de escola, eu estudo os ensinamentos do coração
na Happy Science. Se você estudar essa doutrina, vai saber o que
é a verdadeira felicidade. Vai conhecer uma felicidade capaz de
suportar tudo." Então, ela me deu um livro.
Happy Science?
Senhor El Cantare? Essa s palavras novas me deixaram surpreso, mas eu
fiquei interessado e levei o livro para minha casa. O que encontrei ao
lê-lo deixou- me fascinado. Os ensinamentos a respeito do amor me
afetaram muito: que o verdadeiro amor é algo que se dá sem
esperar nada em troca; que a quantidade de amor que você insiste
em dar é a medida da sua felicidade; e que o amor é algo
que se dá constantemente, pouco importam a s circunstâncias.
As
palavras tocaram algo que eu trazia no fundo do coração,
algo que havia passado muito tempo sepultado e esquecido. Compreendendo
que era na Happy Science que eu podia reencontrar o meu verdadeiro eu,
decidi ingressar. Tendo deixado o hotel, passei a trabalhar no estabelecimento
de ensino dirigido pela Sra. Inoue. Agora eu era professor de seu Colégio
Sur ya Bharti e, orientado e aconselhado por ela, aprofundei minha fé.
O momento decisivo
foi a leitura de As Leis do Sol, um livro que revela o mais elevado grau
do amor. A maneira como os ensinamentos do amor desvendavam os segredos
do mundo convenceu- me de que esse livro só podia ter sido escrito
por "Aquele que Despertou". Eu sabia que o Mestre Ryuho Okawa
era o Buda renascido. Sendo de u m país com profundas ligações
com Buda, senti uma vontade imensa de dedicar a vida a ajudar o Buda renascido
em tudo quanto me fosse possível.
A Maior Felicidade
A
luz que se acendeu no meu coração transformou-se em uma
paixão por disseminar a Verdade. Eu levei essa paixão à
prática no colégio em que trabalhava a fim de nutrir as
crianças, que são o futuro.
Durante
o dia, dava aula de híndi, matemática e sânscrito
aos meus alunos, conversava com eles sobre a retidão que nos ensina
o Mestre Okawa e acerca do caminho que eles devem trilhar quando vistos
a partir da perspectiva da Verdade. Depois da escola, viajava aos povoados
vizinhos para projetar filmes ao ar livre, como As Leis do Sol e O Renascimento
de Buda, ou para visitar meus alunos em casa e conversar com seus pais
a respeito da Verdade. É uma alegria ver que, apesar de suas circunstâncias,
que estão longe de ser afortunadas, cada vez mais crianças
se propõem a ajudar a família e os vizinhos. Também
entrei em contato com pessoas que têm os mesmos problemas que antigamente
eu enfrentava no trabalho, mas, quando falo nos ensinamentos tal como
estão escritos em O Pensamento Vencedor, todos voltam a se erguer
e a se entusiasmar com a vida mais do que antes.
Ao disseminar
a Verdade, eu me sinto incomparavelmente mais realizado do que quando
dirigia a fábrica. Nada me deixa mais feliz do que divulgar os
ensinamentos de Buda e vê-los iluminarem a vida das pessoas.
As
Palestras do Mestre Okawa na Índia
Naquele
dia de março, em que o Mestre Okawa esteve em Bodh Gaya para nos abençoar
com sua palestra, foi a maior alegria que já tive na vida.
Ver o Mestre
Okawa soltar sua voz reverberante por todo o pavilhão com mais de 40 mil
pessoas foi nada menos que uma grande felicidade. Reforçou em mim a certeza
de que o meu desejo é continuar sendo discípulo do Mestre Okawa e viver
a alegria de aprender seus ensinamentos em todas as minhas reencarnações,
sejam elas quantas forem.
Como ensina
o Mestre, uma vez despertados para a alegria de aprender seus ensinamentos,
somos nós que devemos compartilhar essa bênção. Vou levar a muitas pessoas
a Verdade pregada pelo verdadeiro Buda. A nossa luta em Bodh Gaya está
apenas começando.
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