
Revista
publicada pela Ciência da
Felicidade em março de 1997 |
1.
O pressentimento da Nova Era
Nos últimos
meses, temos realizado muitos eventos e publicado muito livros. Diariamente,
venho pensando em como consolidar as Leis, já bastante disseminadas,
e em como torna-las compreensíveis a todos.
Ao longo
deste trabalho, por outro lado, tenho tido a consciência de
não esquecer jamais o "pressentimento desta Nova Era".
O objetivo
do nosso trabalho atual é provocar um grande vendaval rumo
à Nova Era; chamar a Nova Era. Assim sendo, as Leis por nós
pregadas devem conter o pressentimento desta Nova Era.
Ao meditar
silenciosamente, tenho três pressentimentos.
1º
- Pressentimento
Trata-se
do pressentimento de que os valores considerados sólidos na
era presente desmoronarão tal qual um deslizamento de terra.
Será uma transformação que nos proporcionará
uma grande conscientização, uma grande convicção.
É
o pressentimento de que certas coisas que até então
eram desmerecidas ou ocultas poderão ressurgir com muita força.
Este fenômeno
possui a força da súbita aparição de uma
gigantesca baleia que se escondia no fundo do mar. Um gigante está
para surgir no novo mundo; um gigantesco valor obscurecido e oculto
mostrará a sua face na superfície do mar. Este pressentimento
aumenta a cada dia.
2º
Pressentimento
Está
por vir a era da aproximação de Deus. É também
um sentimento que vem crescendo dia a dia. Seus passos podem ser sentidos
pelo coração, mesmo que os olhos e ouvidos estejam fechados.
Deus está emitindo a Sua voz. Está agora mostrando a
sua imagem. Todos poderão enxergar Deus incentivando a humanidade
em voz alta, aos gritos.
Vivemos
uma inédita era em termos de sentir a presença de Deus.
Aproxima-se a era em que Deus mostra a Sua imagem e aparece diante
do povo, semelhante àquelas que conhecemos através da
mitologia, Bíblia e Sutras. Este pressentimento bate forte
no meu peito.
3º
Pressentimento
O terceiro
pressentimento é o de que o espaço cósmico nos
será bastante familiar. Sinto que os mistérios do Macrocosmo
serão conhecidos e este se tornará mais familiar, compreensível
e próximo.
São
pressentimentos maravilhosos. Tais sentimentos passam pelo meu coração
e sinto que estamos avançando todos os dias nesta direção.
Creio que estes pressentimentos em relação à
Nova Era sejam comuns a muitos que me acompanham nesta trajetória.
Certamente
não sou o único a sentir a turbulência premonitória
das reversões de valores, da aproximação de Deus
e do Macrocosmo.
2.
O Outono da Humanidade
O outono
está se aproximando. Não se trata apenas do outono da
estação anual, mas também da humanidade. Será
uma estação de grandes safras e. ao mesmo tempo, de
grande decadência. Assistiremos à gradativa queda de
potências mundiais.
Assim,
forças antes desprezadas se tornarão cada vez mais poderosas.
O metabolismo não é uma exclusividade do corpo humano,
mas ocorre também no universo das nações. Ao
longo das mudanças de uma era, também no âmbito
das nações o metabolismo está agindo continuamente.
Com a aproximação
do outono da humanidade temos de pensar em duas coisas. Primeiramente,
temos de colher os frutos já crescidos e amadurecidos. Ou seja,
não podemos nos esquecer da colheita. Em outras palavras, temos
de colher a transmitir como legado às gerações
vindouras, tudo que criamos e construímos na atual civilização.
Em segundo
lugar, temos de nos preparar para o inverno da decadência que
está por vir. A humanidade terá de conviver com um longo
inverno. Serão dias, meses e anos de provações
da humanidade, obviamente não estou apontando apenas um ou
outro país. Elas afetarão a todos nós. Em breve,
teremos de enfrentar a era de sofrimentos, em meio ao caos e às
catástrofes de âmbito mundial. Quando isso acontecer,
conseguiremos manter a serenidade? Conseguiremos manter o coração
inabalável? Conseguiremos viver fiéis ao coração
de Buda? Existe um ensinamento que diz: "Tenha a consciência
da abastança". O ser humano possui a tendência de
supervalorizar suas próprias qualidades e, insatisfeito com
a situação atual, acredita que exista um modo de viver
melhor e que deva receber mais atenção. Deseja ter uma
renda maior, tornar-se mais poderoso e influente e ser mais valorizado.
Estes sentimentos estão arraigados no homem.
No entanto,
vocês já pararam para pensar qual a importância
que terão tais sentimentos quando o palco ruir?
As mulheres
que reclamam do marido e os homens que reclamam da esposa, com certeza,
fazem-no em função de problemas insignificantes. Considerando
as provações que estão por vir, vocês não
deveriam perder o controle por coisas tão pequenas.
Vocês
vivem reclamando da renda, das condições de vida, do
trabalho desinteressante, do cargo que poderia ser mais elevado e
de outros mais. Em breve, vocês nem se lembrarão de tais
problemas. A humanidade está para se deparar com uma grande
provação. Os que se preocupam com problemas insignificantes
como aqueles, não conseguirão superar o inverno que
virá.
Quando
chegar a hora, nem mesmo nós da Ciência da Felicidade
sairemos ilesos. Temos de pensar na maneira de sobreviver e vencer
as dificuldades. O importante é nos preparamos desde já
para o inverno, acumulando nossas forças.
Devemos
assim, primeiramente, nos defender contra o frio e garantir o alimento.
Em outras palavras, defender-se contra o frio significa adquirir resistência
contra sofrimentos, dificuldades e desgraças. Garantir o alimento
significa construir o alicerce da verdade, consolidar a Verdade Búdica
para que possamos preservar as leis em quaisquer circunstâncias.
Esta é a postura fundamental diante do outono da humanidade.
3.
Uma Nova Iluminação
Afinal,
qual é o tema atribuído a nós, viventes da era
de transição? Creio que seja a "Nova Iluminação".
Temo de adquirir a Nova Iluminação. Vocês que
estão em busca da Verdade não podem se acomodar com
os ensinamentos de mais de dois milênios, sejam do budismo ou
do cristianismo. Não basta resgatar os velhos ensinamentos.
Obtenham
uma Nova Iluminação. Desbravem o caminho para uma Nova
Iluminação. Descubram o que é a Nova Iluminação.
Se não o fizerem, não terá sentido viver a era
atual, pois não saberão o significado de estarmos vivendo
o memento presente.
Assim,
o que seria então a "Nova Iluminação"?
Obviamente, a era presente também será um dia o passado
de dois ou mais milênios. Vamos rever a era presente como se
todo esse tempo já tivesse decorrido. Que Iluminação
diríamos ter conseguido? Não podemos considerar o mero
resgate do Budismo como uma iluminação. Precisamos de
um novo ensinamento, uma nova filosofia. Na Nova Iluminação,
é imprescindível que haja um princípio de ação.
Iniciei
o movimento da Ciência da Felicidade em 1986. Desde então,
venho pregando à cada um de vocês, a importância
do estudo da Verdade. Entretanto, sinto que estamos vivendo, neste
momento, um novo ponto de inversão. Com isto quero dizer que
só o estudo não basta, é preciso que o estudo
se transforme dentro de vocês em princípio de ação,
um novo princípio comportamental, um novo critério ou
padrão de atuação.
A Novo
Iluminação deve estar embasada na prática. A
Iluminação embasada na prática é o que
precisamos para superar a era atual. É preciso que a Iluminação
da Verdade nos capacite a lutar e superar as dificuldades da vida.
Sendo assim,
eu questiono a cada um de vocês: A que tipo de Instituição
vocês prensam pertencer? Vocês pertencem a uma instituição
chamada Ciência da Felicidade. E o que pensam realizar nesta
instituição? Creio que estejam estudando a metodologia
científica da felicidade.
Se isso
é verdade, como pretendem praticar a ciência sem colocá-la
em prática? Pesquisem primeiramente a felicidade e não
deixem a Iluminação seja algo abstrato ou teórico.
Coloquem-na em prática na vida real. Pensem em como viver uma
vida de felicidade, como se isto fosse um tema prático de pesquisa.
O estudo da Verdade não pode ser interrompido na fase do mero
conhecimento abstrato. Tragam-no até o nível da prática.
Internalizar os conhecimentos da Verdade é o mais importante.
Internalizem
os conhecimentos da Verdade, trazendo-os até o nível
da prática e confiram com tais conhecimentos estão sendo
aplicados na vida diária. Sem esta confirmação,
o estudo não tem o menor valor. É preciso fazer com
que o aprendizado seja traduzido no comportamento do dia a dia. Este
é o ponto em que gostaria que todos se concentrassem.
4.
O Sino da Esperança
A era moderna
aproxima-se cada vez mais do inverno. Contudo, por mais que nós,
os contemporâneos, tenhamos de enfrentar uma difícil
tarefa, não pretendo enfatizar apenas o lado escuro.
Esta é
também uma era de esperança, uma era que vale a pena
ser vivida.
Eu consigo
ouvir o sino da esperança, consigo vê-lo. Descubram vocês
também o significado de estarem vivendo uma era de evangelho,
uma era em que milagres passaram a ser uma rotina. Revejam se não
estão sendo levados pela trivialidade do dia a dia, ou se não
estão se acomodando com as facilidades.
No passado,
quando Moisés produziu o milagre de transformar o bastão
em cobra, o rei que presenciou o episódio já não
acreditava em nada no dia seguinte. Vamos rever se não estamos
sendo iguais a ele. De fato, o movimento da Ciência da Felicidade
visa transformar milagres em coisas rotineiras. Entretanto, isso não
quer dizer que devamos nos tornar insensíveis aos milagres.
Uma grandiosa
era dos deuses aproxima-se e muitos evangelhos estão sendo
transmitidos pelos apóstolos de Deus. Aqueles que os estiverem
lendo como meros romances ou críticas literárias devem
tirar o chapéu, reverenciá-los e encara-los com um espírito
renovado. Repensem no significado do encontro que vocês tiveram
com o evangelho.
De que
maneira os viventes deste planeta interpretariam a era presente num
futuro de um, dois ou mais milênios? Vocês serão
vistos como pessoas que viveram a Era dos Milagres. O povo do futuro
os invejará por terem vivido a era atual. Não se esqueçam,
portanto, que vocês vivem uma era maravilhosa, repleta de esperanças.
Deus está
diante da porta de suas casas. O som de sua batida na porta já
está soando. Vocês estão ouvindo Ele bater à
porta.
Esta é
a era em que vocês vivem. Conscientizem-se desta realidade e
ouçam com atenção. Ouçam o sino da esperança.
Ele está soando. Vocês devem estar ouvindo o som melódico
do sino. Se não estiverem, vocês não têm
ouvidos. Se não estiverem enxergando, vocês não
tem olhos. Conscientizem-se.
5.
O Distante Futuro
Nós
não visamos viver apenas a era atual. A nossa visão
almeja um mundo remoto. A nossa visão almeja um mundo remoto,
um futuro distante. Estamos nos esforçando para deixar uma
herança para a humanidade.
Sendo assim,
não podemos nos acomodar. Não podemos levar uma vida
sem emoções. Não podemos nos satisfazer em proporcionar
salvação apenas aos contemporâneos,. Não
basta felicitar a sociedade atual. Temos de ter a força de
vontade de felicitar também os viventes do futuro. Sem este
espírito não terá valido a pena terem reencarnado
nesta era, terem vivido na era da esperança, terem vivido na
era do evangelho.
Sejam vocês
os Doze Apóstolos de Jesus. Sejam os novos Dez Discípulos
de Shakyamuni Buda. Sejam novos Anjos de Luz. Sejam novos Guerreiros
de Luz.
O futuro
está distante mas temos de avançar rumo a este remoto
futuro.
Esta é
uma grande batalha, a Guerra Santa. Esta é uma batalha repleta
de Luz. Fujam da trivialidade. Fujam do mundo dos negócios.
Destruam as idéias preconcebidas e rígidas como uma
pedra.
Desejo
sinceramente que o maior número possível de pessoas
se levante e dê firmemente o primeiro passo rumo ao distante
futuro.